domingo, 29 de agosto de 2010

-

 O que conhecemos do mundo? O que você sabe mais do que eu, ou vice-versa? Essa é a grande doença do ser humano. Ele deseja saber, mas nunca ser. Pergunte a todos se gostariam de saber da vida de Cristo e após isso pergunte se gostariam de viver assim? A resposta será um categórico não.  Ninguém está disposto a sofrer nada por aquilo que acredita isso se realmente acredita.
  Vivemos em um mundo tão globalizado que tudo virou moda, seja ser ateu ou acreditar em Deus, seja gostar de uma banda ou odiar a mesma, seja viver ou morrer. Perceba você que se uma banda vira sucesso vai ter gente gostando dela sem mesmo ouvir, e no caminho inverso terão pessoas que ao menos ouviram aquela banda e falarão “Nunca ouvi, mas não gosto.” E isso é moda sim, está na moda tentar ser diferente. Mas o que é ser diferente? Ser diferente é acreditar no que for, mas saber no que está acreditando. Acreditar em Papai Noel e morrer por aquilo, ter argumentos plausíveis em uma discussão civilizada. Isso sim é ser diferente, por que o resto do mundo não faz isso. O resto do mundo vive como se vivia na idade média, vive como um bando de animais.
  Hoje em dia ouço uma frase que me intriga muito “Ser diferente é normal”. Porém analise a situação por outro lado. Ser diferente e normal na mesma frase não pode ser algo aceitável, se você for diferente você irá agredir a sociedade sendo assim um estorvo e não normal. E é assim que os diferentes se sentem. Nenhum ser que se intitula realmente diferente está feliz em ser aceito, ele quer o contrário.
  Não viemos a esse mundo pra comer, dormir, ganhar dinheiro e ter status, viemos pra buscar algo mais. Alguns dizem felicidade, mas não creio, acredito que viemos ao mundo pra entender que o ser está acima do saber. Viemos pra aprender que nada vale mais do que as nossas próprias idéias, aprendi que devemos questionar tudo e todos – até os inquestionáveis. Não, e ninguém me ensinou isso. Como eu aprendi? Por que eu me questionei.
  Não sou mais nem menos, apenas sou. Não gosto da monotonia dos fatos, não gosto do pragmatismo do dia-a-dia, não gosto de rótulos. Mas como viver num mundo que se intitula cientificamente como “único lugar para a sobrevivência humana”, desse modo? E é exatamente o que me questiono agora, quem sou e por que eu estou aqui? Não me sinto melhor do que os outros me sinto apenas com uma concepção diferente. Caso um mendigo venha me falar de Getulio Vargas, eu irei ouvi-lo. Caso uma patricinha venha me falar de futebol, eu irei ouvi-la. E em conseqüência disso, irão me ouvir.
   Seja quem você for e aprenda que ninguém está disposto a ser agredido dentro daquilo que acha que conhece. Seja você, independente do que aconteça. E antes de qualquer coisa, pense. Por que quando se pensa você passa do verbo saber para o verbo ser. Retire rótulos, pessoas não merecem isso. Pare de julgar os outros igualmente, isso não é justiça. Mas antes de qualquer coisa, honre a ti mesmo por que só assim buscará o que veio fazer na Terra. Encontrará a tão famosa, felicidade.