sábado, 9 de outubro de 2010


  Não dá pra se apaixonar por uma pedra, por um copo ou por uma mesa. Paixão requer vida, requer sangue, requer “paixão”. Amar é morno, é calmo, é totalmente contrário a paixão, que é fogo, obsessão, tesão. Mas quem disse que esses dois sentimentos não têm nada em comum?
  Conheço pessoas obcecadas umas pelas outras, mas que em nenhum momento se amaram, mas não conheço pessoas que se amam e nunca foram apaixonados um pelo outro. Se apaixone e será cego, ame e será vida. E seguindo a analogia já dita no primeiro parágrafo, se paixão é vida e amando se consegue essa mesma vida. Ame, e só assim saberá o que é a paixão em seu ápice.
  Não confunda paixão com amor por maior que ela seja, por mais cego que você fique e por mais louco que você possa estar. Paixão é dormir e acordar com uma dor no coração só de pensar onde está àquela pessoa, amar é dormir e acordar sabendo que pode contar com aquela pessoa. Se alguém que você ama vai embora você se decepciona, mas se alguém cujo você é apaixonado vai embora você sente raiva. Por que isso? Por que paixão é sangue e carne, não é racional.
  Amor não destrói, pelo contrário. Uma paixão não pode durar muito tempo por que pelo mesmo modo que rápido aparece, ela rapidamente se esvai. Não que seja algo ruim, isso é ser intensivo e humano.
  Existem amores de todas as formas e tamanhos, amo meus amigos, minha mãe e minha namorada, por outro lado não existem dois tipos de paixão. Por quê? Pelo mesmo modo que quando se apaixona por alguém só se pensa em tê-la do lado e não no melhor para aquela pessoa.   Ou seja, se um dia quiser amar alguém primeiramente se apaixone, por que assim verá o humano e o divino. Verá o quanto o amor requer a paixão, o quanto o amor é completo caso você desejar aquela pessoa como desejou na primeira vez que se viram. 

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